quarta-feira, março 06, 2024

Atualização editorial em 13 de Março de 2024 - Estamos a menos de uma semana do final do prazo para envio de resumos para o 5.º CIHEL

Caros leitores da Infohabitar, estamos já a menos de uma semana do final do prazo para envio de resumos com propostas de comunicações ao 5.º CIHEL (domingo dia 17 de março de 2024) a realizar no LNEC em Lisboa entre 2 e 4 de outubro de 2024 - 5.º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono, sobre o bem oportuno e urgente tema “Fazer Habitação”; e salienta-se a parceria entre o 5.º CIHEL e a revista “Buildings”: 

https://www.mdpi.com/journal/buildings/special_issues/29JQA555GA 

Refere-se, ainda, que estão a ser revistos os custos de inscrição no congresso, visando-se a sua sensível redução, na sequência da obtenção de apoios para o 5CIHEL atualmente a ser implementada.

Com os melhores cumprimentos e aguardando os vossos resumos,

António Baptista Coelho

13 de Marco de 2024

quarta-feira, fevereiro 28, 2024

Um primeiro desenvolvimento dos quatro temas propostos para o 5.º CIHEL – Fazer Habitação – em Lisboa de 2 a 4 de outubro de 2024 – Infohabitar # 893

 Ligação direta a documento pdf com links para 888 artigos e 39 temas do Infohabitar :

https://drive.google.com/file/d/1zUJ1nEuWwaaA6KEXQ9XXdWMwFE3C8cJY/view?usp=sharing

 

Um primeiro desenvolvimento dos quatro temas propostos para o 5.º CIHEL – Fazer Habitação – em Lisboa de 2 a 4 de outubro de 2024 – Infohabitar # 893 

Infohabitar, Ano XX, n.º 893

Edição: quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

https://infohabitar.blogspot.com/2024/02/um-primeiro-desenvolvimento-dos-quatro.html


         Logótipo do 5.º CIHEL

 

Caros leitores da Infohabitar,

Estamos já a cerca de duas semanas do final do prazo para envio de resumos com propostas de comunicações ao 5.º CIHEL (17 de março de 2024) a realizar no LNEC em Lisboa entre 2 e 4 de outubro de 2024 - 5.º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono, sobre o bem oportuno e urgente tema “Fazer Habitação”.

Salienta-se caros colegas a recente parceria entre o 5.º CIHEL e a revista “Buildings”, tal como podem verificar em seguida:

The Special Issue website of the 5CIHEL2024 Conference has been announced:

https://www.mdpi.com/journal/buildings/special_issues/29JQA555GA 

Com os melhores cumprimentos e aguardando os vossos resumos,

António Baptista Coelho

Editor da Infohabitar, Coordenador do CIHEL

 

Informações práticas: 

Site do 5.º CIHEL, onde podem encontrar as instruções e os templates para o resumo e a comunicação: https://www.5cihel2024.org/pt/

E-mail: secretariado@5cihel2024.org

Notar que as instruções se encontram no próprio corpo dos templates; no final deste artigo registam-se as instruções para envio dos resumos; o respetivo template está no site do Congresso

 

Datas do 5.º CIHEL:

. 17 de março de 2024 (domingo): data limite para submissão dos resumos

. 30 de junho de 2024 (domingo): limite para entrega das comunicações completas

. 18 de agosto (domingo): limite para entrega da versão final das comunicações revistas e limite para inscrições a preço reduzido.

. 2 a 4 de outubro de 2024 (quarta-feira a sexta-feira) 5CIHEL

 



 

Um primeiro desenvolvimento dos quatro temas propostos para o 5.º CIHEL – Fazer Habitação – em Lisboa de 2 a 4 de outubro de 2024 – Infohabitar # 893

António Baptista Coelho (texto e imagens)

 

1. Introdução

Tal como se tem referido aqui na Infohabitar as quatro edições do Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono – CIHEL foram realizadas, entre 2010 e 2017: em Lisboa/ISCTE-IUL; Lisboa/LNEC, FCTUNL, CML; São Paulo/FAUUSP, FAUMACK e IAU-USP; e Porto, Covilhã, Fundão/CMP, UBI, CMF.

Nestes quatro CIHEL sempre se defendeu que a qualidade e o bem-estar habitacionais dependem de aspetos quantitativos e qualitativos, aplicados ao espaço doméstico, à vizinhança, ao espaço público, à cidade e ao território, numa reflexão importante quando as carências habitacionais e urbanísticas continuam críticas no conjunto de países que partilham uma das línguas mais faladas no mundo.

Vamos então aproveitar esta importante base cultural e divulgar, discutir e trocar experiências e casos de referência residenciais e urbanos, com destaque para a sempre urgente e sensível promoção de habitação de interesse social. Importa, também, lembrar o que aprendemos no desenvolvimento de habitação de interesse social ao longo de cerca de um século de promoção, marcada por bons e maus exemplos, e, mais recentemente, em Portugal, durante cerca de 30 anos de dinâmica habitacional municipal, cooperativa e privada que nos deixou um excelente e recente conjunto de casos de referência habitacional e urbana.

E se juntarmos a estas matérias a questão, atualmente urgente, do desenvolvimento de soluções dinamizadas de promoção, projeto e construção habitacional com qualidade e custos controlados, então estamos exatamente focados no tema do nosso novo 5.º CIHEL, que é: Fazer Habitação.

 


2. Sobre a escolha das quatro (sub)temáticas propostas para abordagem do tema geral do 5.º CIHEL: “fazer habitação” 

Numa fase de preparação do 5.º CIHEL procurou-se realizar uma revisão das matérias abordadas nos congressos anteriores e apostar numa sistematização temática harmonizada, seja de acordo com o sequencial que se consegue identificar nessas matérias, seja com uma perspetiva em que se pretende dar uma importância maximizada à ideia de se “fazer habitação” e, dentro dela, à ideia de se fazer melhor a habitação de interesse social, ou, como bem dizia Nuno Teotónio Pereira, “a habitação para o maior número”; e, naturalmente, no quadro lusófono e especificamente considerando-se a experiência portuguesa na promoção de ”Habitação a Custos Controlados” (HCC), bem delimitada no tempo, entre cerca de 1978 e 2008 (início da crise imobiliária), e felizmente abundante em diversificados casos de referência, para procurar definir e divulgar os trinta anos “mais redondos” que marcaram muito claramente a recente promoção, em quantidade e julga-se - em boa parte – em qualidade de HCC, centralizada e apoiada financeira e tecnicamente pelo Instituto Nacional de Habitação (INH) e depois pelo IHRU, e diretamente promovida por Cooperativas, Empresas e Municípios.

Desta forma avançou-se para o que se julga ser uma “clássica” organização temática que vai do mais geral para o mais particular, e portanto, globalmente, das políticas (tema A) para a construção (tema C), passando pela conceção arquitetónica (tema B), mas, talvez, inovando-se, um pouco, seja nos conteúdos específicos de cada uma dessas três temáticas, a que voltaremos, sistematicamente, em seguida, seja, essencialmente, na proposta de um quarto tema, de remate do congresso, centrado na promoção de habitação (tema D), e portanto focando a atenção na importância do “fazer” o habitar, no sentido de uma sua promoção eficaz e resiliente, e também dissecando esta matéria numa perspetiva bem centrada no habitante (“na pessoa”).

Um outro aspeto que esteve sempre presente quando se desenvolveram os quatro (sub)temas do 5.º CIHEL, acima sintetizados e em seguida comentados, é a importância que damos a eles poderem vir a ser tratados, pelos colegas e autores de comunicações ao congresso, numa vital perspetiva de se poder facilitar e apoiar ativamente uma produção habitacional efetiva, com um perfil físico completo e portanto protagonista desde a habitação/fogo de cada um e de cada família até às respetivas vizinhanças urbanas, que devem ser tão bem resolvidas e tão eficazes como esses fogos, mas naturalmente realizadas e presentes a uma escala urbana ainda que também arquitectónica, capazes de apoiarem essenciais aspetos de convivialidade espontânea e até de adequado associativismo e passando por soluções construtivas e edificadas que, com o tempo, não se degradem, mas sim ganhem em termos de caráter e testemunho histórico; sendo que, e evidentemente, toda esta dimensão urbana, humana, convivial, associativa e de adequada relação com aspetos de manutenção e de uso, depende de um gestão bem presente, efetiva e também afetiva e bem participada.

Importa, portanto, sugerir especificamente a todos aqueles que queiram enviar resumos com propostas de comunicações ao 5.º CIHEL, em cada um dos (sub) Temas deste congresso, que se lembram aqui apenas em palavras isoladas como “políticas e programas”, “conceção e soluções”, “construção e reabilitação” e “promoção e satisfação residencial”, que o façam “ao abrigo” ou tendo como objetivo geral o tema do 5.º CIHEL que é “FAZER HABITAÇÃO”, fazendo-a em quantidade e com qualidade, sendo esta qualidade verdadeiramente ampla, compreensiva, humana e integradora e sendo aquela quantidade considerada até como um processo ou uma vantagem no sentido de se apurarem os melhores processos e aproveitarem as melhores economias de escala, mas nunca em desfavor desses aspetos qualitativos – e podemos comentar que, atualmente, os meios informáticos de projecto, processuais e de comunicação constituem excelentes ferramentas para esta harmonização entre quantidade e qualidade de promoção habitacional e urbana, consubstanciada em soluções realmente bem diversificadas, bem integradas e bem adequadas a muitas necessidades e gostos residenciais. 

 


3. Sobre os quatro (sub)temas (A a D) do 5.º CIHEL, algumas reflexões gerais

Temas do 5.º CIHEL:

Tema A: Políticas, Programas e Medidas Habitacionais – da urgência da oferta à qualidade global

Tema B: Novos Modos de Habitar e Habitação de Interesse Social – da conceção aos casos de referência

Tema C: Construção, Reabilitação e Manutenção Habitacional – da investigação às novas práticas

Tema D: Promoção, Qualidade Habitacional e Sustentabilidade – das análises de satisfação aos novos desafios 


Em seguida e de modo bastante informal apontam-se algumas reflexões sobre os quatro (sub)temas associados ao tema geral “fazer habitação” e que serão abordados e discutidos no 5.º CIHEL.

Como poderão constatar os conteúdos são e têm de ser, basicamente, os mesmos que constam do site do congresso e que têm sido já bastante divulgados, juntando-se, no entanto, algumas reflexões, que são evidentemente sempre pessoais, mas em que se procura dirigir, um pouco, o potencial de discussão do 5.º CIHEL, seja no sentido “prático” do “fazer habitação” em quantidade, com qualidade e mesmo com urgência, seja no sentido, que se quer sempre presente, de se aproveitarem continuidades relativamente às melhores experiências de Habitação a Custos Controlados (HCC) realizadas em Portugal durante os últimos trinta anos em que a HCC foi aqui realmente desenvolvida – entre cerca de 1998 e 2008.

Relativamente à questão, sempre presente, de existirem diversas realidades urbanas e habitacionais na comunidade lusófona, ela é evidente, fala por si e não pode ter discussão; no entanto e tal como muitas vezes foi referido ao longo dos anos do CIHEL (e já lá vão quatro congressos) muitos dos ensinamentos e experiências na promoção de habitação e de vizinhanças/cidade de interesse social têm validade em múltiplas realidades sociais específicas e diversificadas – não é só o “racionalismo” residencial que marca praticamente todo o mundo humano; e lembremo-nos que, infelizmente, os maus exemplos residenciais não parecem ter fronteiras, e designadamente o uso “automático” e casual de soluções domésticas totalmente estranhas a determinados modos de vida e necessidades residenciais, a repetição absurda e “até à náusea” de tipos fogos e de tipos de edifícios , a falta de qualidade construtiva, a ausência de apoio à criação de vizinhanças e comunidades, a ausência de espaços exteriores cuidados e úteis e de equipamentos urbanos associados aos espaços residenciais, a segregação dos conjuntos de habitação económica relativamente aos espaços urbanos mais vivos e a contínua ausência de tentativas de integração sociocultural entre diversos grupos populacionais, são todos eles sim, aspetos infelizmente comuns e frequentes em muito países da lusofonia, incluindo ainda casos em Portugal; portanto talvez que os bons exemplos também possam ser disseminados ainda que com toda uma natural reserva, estratégica, ligada à necessidade de uma sua específica integração e adequação humana, regional e local.


4. Algumas reflexões sobre cada um dos quatro (sub)temas (A a D) do 5.º CIHEL


Tema A: Políticas, Programas e Medidas Habitacionais – da urgência da oferta à qualidade global 

Tendo-se em conta o adequado desenvolvimento da sociedade e considerando-se uma realidade marcada, frequentemente, por necessidades críticas, por reduzidos meios de ação e por quadros regulamentares específicos, visa-se a discussão do direito, do acesso e do apoio à habitação e dos modelos e práticas mais adequadas aos diversos atores sociais, institucionais e económicos, privilegiando-se uma promoção habitacional a custos controlados em que se compatibilizem objetivos de urgência na disponibilização de um número elevado de fogos e da sua qualidade global em termos arquitetónicos, construtivos e vivenciais.

Na perspetiva qualitativa acima referida importa aprofundar, especificamente, por um lado os aspetos participativos e de gestão dos conjuntos habitacionais e as perspetivas de humanização do mundo urbano, como espaço bem habitado e equipado, e as potencialidades do seu espaço público e de um conjunto bem integrado de diversos serviços urbanos e sociais.

A perspetiva que se propõe a quem queira avançar neste (sub) tema do tema maior “fazer habitação” é que se privilegiem os aspetos associados às medidas mais práticas responsáveis pela concretização de determinados programas e políticas habitacionais, seja na sua apresentação sintética clara, seja no apontar dos seus eventuais resultados, seja, até, por exemplo, na sua respetiva avaliação e revisão para maior eficácia futura.

A questão da harmonização entre a urgência na oferta habitacional a sua respetiva qualidade global em termos de satisfação residencial, qualidade de desenho e qualidade construtiva e de facilidade de manutenção é também uma excelente matéria a desenvolver.

E naturalmente serão aqui também muito bem-vindos os relatos sintéticos de experiências de concretização de determinados programas residenciais considerados críticos, por exemplo à escala municipal (“da prefeitura”) ou a outra escala territorial considerada oportuna.

Há portanto aqui um privilegiar da apresentação de (aspetos de) políticas e medidas habitacionais concretas já aplicadas e com resultados palpáveis ou em aplicação e que visem a harmonização entre a urgência da oferta residencial e urbana e a sua qualidade global, tal como se entenderá considerando o tema geral do congresso que é “fazer habitação”.


Apresentam-se, em seguida (em ordem alfabética) e apenas a título de exemplos, alguns subtemas possíveis no âmbito do Tema A, “Políticas, Programas e Medidas Habitacionais – da urgência da oferta à qualidade global”:

.  Agendas do habitat humano, inovação e urbanidade;

.  Desenvolvimento social e urbano e iniciativas habitacionais;

.  Emergência e qualidade nas intervenções habitacionais;

.  Planeamento estratégico e habitat humano;

.  Política habitacional, social e de saúde;

.  Regulamentação e enquadramento das políticas habitacionais.

.  Regularização urbana e habitacional em zonas informais e precárias;



Tema B: Novos Modos de Habitar e Habitação de Interesse Social – da conceção aos casos de referência

Visando-se uma diversificação tipológica adequada a novos modos de habitar e a propostas adequadas de habitação de interesse social, perspetivar uma diversificação e adequação estratégica das soluções habitacionais (da habitação à vizinhança), respeitar a relação entre soluções habitacionais, modos de vida e exigências funcionais e de conforto, considerar, objetivamente, as novas, urgentes e exigentes necessidades habitacionais e urbanas do grande e crescente número de pessoas idosas e ter em conta o papel e a integração das novas tecnologias na cidade e no espaço doméstico.

Na perspetiva de diversificação e flexibilidade das soluções de habitar importa ter em conta as diversas fases de reflexão e desenvolvimento projetual, os seus aspetos regulamentares e recomendativos, assim como os aspetos de relação entre conceção, execução e de influência/retroação das melhores práticas e dos casos de referência nos novos processos de projeto. 

A perspetiva que se propõe a quem queira avançar neste (sub) tema do tema maior “fazer habitação” é uma perspetiva basicamente “de conceção” e arquitetónica com perfil muito amplo, seja no sentido de uma abordagem mais física dos diversos e essenciais níveis residenciais – do fogo, aos espaços comuns e à vizinhança urbana ou peri-urbana, e considerando-se os vitais interníveis de relação e transição –, seja no sentido de uma abordagem mais sociocultural da relação entre tais soluções e determinados modos de vida, seja considerando aspetos de coorganização que influam na arquitectura desses diversos níveis físicos em termos gerais e de pormenor, seja numa perspetiva sempre muito importante e que visa aspetos de adaptabilidade das soluções domésticas e de espaços comuns a variadas necessidades e desejos habitacionais, seja, finalmente, numa perspetiva de inovação residencial que sempre foi muito cara aos arquitectos e que, frequentemente, produziu fortes influências na concretização arquitectónica residencial e urbana.

Um outro aspeto que se julga ter grande importância nesta (sub)temática do “fazer habitação” é a questão de se privilegiar uma habitação que faça espaço urbano, uma habitação que contribua ativamente para o “fazer cidade” e, no limite, uma renovada habitação de interesse social que ajude a fazer cidade de interesse social; e esta reflexão leva-nos longe em termos de aspetos sociais, onde a convivialidade bem harmonizada com a privacidade têm de ter lugar cativo, e em termos de aspetos de verdadeira conceção em termos de “arquitetura urbana”, onde terão de marcar aspetos como a amigabilidade e a dignidade dos espaços de uso público e comum, por exemplo, e onde os aspetos de adequada e positiva integração com a envolvente urbana e com a natureza são também essenciais.

Como os outros este (sub)tema do “fazer habitação” é extremamente rico e aqui nos reteria longamente, mas a liberdade é vossa, sendo, no entanto, importante sublinhar aqui o interesse e a urgência que tem uma adequada abordagem do habitar dos habitantes mais idosos e mais condicionados, mas sempre numa perspetiva de se tratar do habitar em geral, socialmente integrado e valorizador de cada vizinhança, intergeracional e tendencialmente colaborativo, seja no sentido global do valorizar de uma adequada participação cívica, seja mesmo num sentido, mais específico e opcional de uma bem premeditada criação de comunidades residenciais marcadas pelo convívio e pela companhia e ajuda mútuas.  

Nestas matérias importa, sempre, sublinhar a importância que tem uma adequada e clarificada apresentação de exemplos e de casos de estudo e de referência; pois de “tábuas rasas” está infelizmente cheia a nossa história da habitação de interesse social; repetindo-se frequente e ciclicamente erros idênticos.


Apresentam-se, em seguida (em ordem alfabética) e apenas a título de exemplos, alguns subtemas possíveis no âmbito do Tema B, “Novos Modos de Habitar e Habitação de Interesse Social – da conceção aos casos de referência”:

.  Casos de referência em soluções urbanas e habitacionais;

.  Cooperação habitacional e coohousing;

.  Custos controlados, habitação de interesse social e adequação aos habitantes;

.  Densificação ou  baixa densidade: respetivas relações arquitetónicas e habitacionais;

.  História, teoria e crítica do habitat humano com expressiva aplicação na atualidade;

.  Inovação habitacional e adequação a novos grupos sociais/etários;

.  Intergeracionalidade residencial;

. Regulamentação e quadro recomendativo na conceção habitacional;



Tema C: Construção, Reabilitação e Manutenção Habitacional – da investigação às novas práticas 

Apresentar e discutir sistemas, processos, tecnologias e materiais direcionados para a construção nova e para a reabilitação habitacional e urbana, considerando aspetos ligados à relação custo-benefício e, designadamente, às técnicas e meios localmente disponíveis, ao perfil mais industrializado ou mais tradicional das tecnologias utilizadas,  ao respetivo enquadramento regulamentar e  à adequação em termos de conforto ambiental; considerar a ligação destas matérias específicas com as diversas facetas da sustentabilidade – ambiental, económica e sociocultural.

Visar a relação entre habitar e reabilitar, considerando a múltipla importância do construir no construído e do preenchimento e da densificação no incremento de uma ampla sustentabilidade urbana, abrangendo ainda a questão dos vazios urbanos.

Considerar especificamente os aspetos de tecnologia e de custos numa promoção de habitação de interesse social marcada por graves carências de recursos em termos da sua construção e dirigida para moradores muito carenciados e/ou caraterizados por modos de vida específicos.

A perspetiva que se propõe a quem queira avançar neste (sub) tema do tema maior “fazer habitação” é uma perspetiva basicamente “de conceção” e construtiva, integrando-se nesta referência à construção as subfacetas da construção nova e da reabilitação.

Entre outros aspetos uma matéria que é urgente aprofundar refere-se à relação entre as novas ferramentas informatizadas de projeto e o seu resultado final em obra, tendo-se em conta, seja aspetos de qualidade final, seja de operacionalidade no desenvolvimento do projeto global e de especialidades, seja ainda a respetiva influência que essas novas ferramentas possam ter no desenvolvimento de projetos que, estrategicamente, possam produzir soluções residenciais mais diversificadas, mais adaptáveis, mais apropriáveis, com melhor potencial de gestão e mais duráveis; e tudo isto não sobrecarregando significativamente o respetivo processo de projeto.

Muitos outros aspetos específicos poderão aqui ser devidamente considerados apontando-se, por exemplo: a sempre revisitada relação entre a velocidade da construção, os seus custos e a respetiva qualidade e resiliência; a relação entre determinados regulamentos ligados à melhor habitabilidade e adaptabilidade na reabilitação e os custos da mesma; as sempre críticas questões ligadas à segurança no uso corrente das habitações e à respetiva segurança contra riscos de incêndio e tendo-se, por exemplo, em conta situações cada vez mais significativas de habitantes com condicionamentos em termos de mobilidade e de perceção; e, por exemplo, s questões ligadas ao embeber das novas tecnologias de comunicação e de acompanhamento nos espaços residenciais.

Uma outra matéria muito específica e vital refere-se à apresentação e explicitação de soluções construtivas e de equipamento residencial que sejam consideradas como muito adequadas para um seu uso significativamente intenso, diversificado e pouco antecipável, numa perspetiva que procura evitar que se labore cíclica e frequentemente em idênticos erros, produzindo-se soluções residenciais rapidamente degradáveis em termos de usos e de aspeto.

Nestas matérias importa, sempre, sublinhar a importância que tem uma adequada e clarificada apresentação de exemplos e de casos de estudo e de referência.


Apresentam-se, em seguida (em ordem alfabética) e apenas a título de exemplos, alguns subtemas possíveis no âmbito do Tema C, “Construção, Reabilitação e Manutenção Habitacional – da investigação às novas práticas”:

.  Casos de estudo de construção e reabilitação habitacional;

.  Construção e reabilitação habitacional: reflexos socioeconómicos;

.  Durabilidade, custo e qualidade na construção e reabilitação habitacional;

.  Economia social no setor da construção e reabilitação habitacional;

.  Escassez, especificidade de recursos e autoconstrução habitacional;

.  Novos processos e ferramentas de projeto e racionalização da obra (ex., modulação, BIM);

.  Regulamentação e enquadramento da construção e da reabilitação;

.  Relação entre projeto, tecnologia e custos na construção;

.  Saúde e conforto ambiental na construção do habitat humano;

.  Sustentabilidade na construção e reabilitação habitacional;




Tema D: Promoção, Qualidade Habitacional e Sustentabilidade – das análises de satisfação aos novos desafios 

Visar a satisfação residencial como objetivo básico na promoção habitacional, desde a conceção a uma gestão posterior sensível e participada, e privilegiar a multidisciplinaridade na intervenção urbana e habitacional. Conjugar a promoção habitacional com um desenvolvimento sustentável, amigo da integração social, coerente e integrado nas preexistências e na paisagem natural, considerando áreas de alta e baixa densidade. Desenvolver um leque adequado de modelos promocionais e de medidas de harmonização entre a oferta e a procura de soluções residenciais; e visar a relação com os futuros moradores e a respetiva participação, designadamente, pela  aplicação de processos de análise da satisfação residencial, com destaque para Avaliação Pós-Ocupação (APO).

A perspetiva que se propõe a quem queira avançar neste (sub) tema do tema maior “fazer habitação” é uma perspetiva basicamente operacional e promocional, mas aliando a faceta da produção e oferta residencial e urbana, desejavelmente de pequena escala em termos de vizinhanças socializadoras, a uma também vital faceta de gestão adequada e resiliente e ainda uma outra essencial faceta ligada a uma adequada, ampla e diversificada satisfação dos respetivos habitantes; sendo que os diversificados aspetos de uma essencial sustentabilidade ambiental, social e económica influem em todas estas facetas.

As Análises Retrospectivas Residenciais ou Avaliações Pós-Ocupação (APO) urbanas e habitacionais têm uma inegável importância no âmbito de uma adequada e sequencial aproximação aos sensíveis aspetos qualitativos que mais influenciam a satisfação dos habitantes e, especificamente, de diversos grupos socioculturais e etários; e por isso poderão constituir uma muito interessante matéria a apresentar no Congresso, assumindo-se como elementos de aproximação estratégica a uma verdadeira satisfação residencial quando devidamente aplicadas na avaliação de determinadas soluções e na sua gradual e subsequente melhoria.

De forma geral importa salientar aqui e seria bem interessante que no Congresso houvesse testemunho de um leque de soluções promocionais “completas” de habitação de interesse social (HCC) desenvolvidas no passado recente por cooperativas, municípios e empresas privadas e que passados alguns anos de estarem habitadas resultaram em excelentes vizinhanças residenciais; julgando-se que uma tal retroação em termos de apresentação destas experiências poderia ter grande utilidade quando hoje em dia há muita urgência na resolução de graves e disseminadas carências habitacionais.  


Apresentam-se, em seguida (em ordem alfabética) e apenas a título de exemplos, alguns subtemas possíveis no âmbito do Tema D, “Promoção, Qualidade Habitacional e Sustentabilidade – das análises de satisfação aos novos desafios”:

.  Autopromoção residencial: limitações e potencialidades;

.  Avaliação Pós-Ocupação (APO) urbana e habitacional;

.  Estado e mercado imobiliário – oportunidades e ameaças;

.  Gestão local e modelos de promoção habitacional;

.  Integração da habitação de interesse social;

.  Modelos de promoção habitacional específicos;

.  Sustentabilidade e promoção residencial;

.  Casos de referência na promoção habitacional;

 

 

Instruções para envio de resumos ao 5.º CIHEL

Seguem-se as instruções para os resumos com template divulgado no site do congresso, https://www.5cihel2024.org/pt/

 

                                  TEMA: X (colocar a designação do tema A a D)

TÍTULO DO ARTIGO (C/ subtítulo se for o caso)

 

Título e subtítulo da comunicação em inglês

Primeiro Autor (nome) 1, Segundo Autor (nome) 2 e Terceiro Autor (nome) 3

1 Afiliação do 1º autor e autor correspondente (formação, Instituição e/ou morada, endereço de correio eletrónico)

2 Afiliação do 2º autor (formação, Instituição e/ou morada, endereço de correio eletrónico)

3 Afiliação do 3º autor (formação, Instituição e/ou morada, endereço de correio eletrónico)

Palavras-chave: (máximo de 5 e mínimo de 3, exemplo neste caso: instruções, regras, formatação, …)

Resumo

O presente documento constitui o modelo a adoptar para apresentação do resumo da comunicação a apresentar ao 5.º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono – 5.º CIHEL – subordinado ao tema “Fazer Habitação”, que terá lugar de 02 a 04 de outubro de 2024 em Lisboa, com apoios principais assegurados pela Ordem dos Engenheiros (OE) e pela Ordem dos Arquitectos (OA); esta iniciativa é também apoiada, como é habitual, pelo GHabitar – Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional e por outras importantes entidades, que serão, em breve divulgadas.

Este documento pode ser utilizado diretamente para a escrita do respetivo resumo de comunicação. O texto deve ser elaborado em português – aceitando-se, no entanto, textos em espanhol, francês e inglês, embora não seja disponibilizada tradução simultânea no 5.º CIHEL. O texto do corpo deste resumo não deve ter menos de 200 palavras e não ultrapassar as 600 palavras, com o tipo de letra e o afastamento das linhas aqui apresentado. Todas as eventuais referências no texto do resumo devem ser indicadas por: apelidos dos autores, data (entre parêntesis); as referências devem ser listadas no final do resumo, tal como indicado no exemplo. Não deverão ser inseridos quadros ou figuras no resumo

O resumo deve ser enviado em formato word e e formato pdf, até ao dia 17 de março de 2024 (domingo), para o seguinte mail do Congresso secretariado@5cihel2024.org

Nota: a partir da receção, pelos autores, das aprovações dos resumos das respetivas comunicações  – que irá acontecer, gradualmente, a partir da receção dos mesmos resumos e na sequência da respetiva análise pela Comissão Científica – os autores poderão fazer a  submissão da comunicação completa – respeitando o template divulgado no site do congresso – cuja aceitação só será definitiva, depois de nova análise pela Comissão Científica e depois da respetiva inscrição no 5.º CIHEL de, pelo menos, um dos autores de cada comunicação.

O assunto do mail a enviar acompanhando os documentos com o resumo deverá ser elaborado como se segue: Proposta resumo 5.ºCIHEL nome próprio e apelido do 1.º autor Tema (A a D). No caso do 1.º autor apresentar mais do que uma comunicação, a designação dos assuntos deve ser numerada sequencialmente (exemplo: Proposta resumo 5.ºCIHEL Carlos Silva 1 Tema (A a D), Proposta resumo 5.ºCIHEL Carlos Silva 2 Tema (A a D). A designação dos ficheiros a enviar deverá conter o primeiro nome e o último nome (apelido) do 1.º autor, antecedido de R_ (exemplo: R_Carlos_Silva_Tema_(A a D).pdf e R_Carlos_Silva_Tema_(A a C).doc). No caso do 1.º autor apresentar mais do que uma comunicação, os ficheiros devem ser numerados sequencialmente (R_Carlos_Silva_1_Tema_(A a D).pdf, R_Carlos_Silva_2_Tema_(A a D).pdf).

Outras informações estão disponíveis no site/página do 5.º CIHEL, mas salienta-se que os resumos serão apreciados pela Comissão Científica do 5.º CIHEL e cada resumo poderá ser; “aceite”; ou “não aceite”, com justificação incluída nos comentários enviados ao autor remetente da proposta.

Cada 1.º autor/autor correspondente será informado sobre a aceitação ou não aceitação do respetivo resumo; a partir da receção das aprovações dos resumos das comunicações, na sequência da respetiva análise pela Comissão Científica – os autores poderão preparar a comunicação completa - a enviar até 30 de junho de 2024 (domingo).

No caso em que a Comissão Científica solicite alterações a uma dada comunicação, esta deverá ser entregue com tais alterações até 18 de agosto de 2024 (domingo), que é também a data limite para inscrições a preço reduzido, salientando-se que é obrigatória a inscrição no 5.º CIHEL de, pelo menos, um dos autores de cada comunicação.

(apenas a título de exemplo o presente corpo de texto de resumo explicativo tem 677 palavras)

 

 

Notas editoriais gerais:

(i) Embora a edição dos artigos editados na Infohabitar seja ponderada, caso a caso, pelo corpo editorial, no sentido de se tentar assegurar uma linha de edição marcada por um significativo nível técnico e científico, as opiniões expressas nos artigos e comentários apenas traduzem o pensamento e as posições individuais dos respectivos autores desses artigos e comentários, sendo portanto da exclusiva responsabilidade dos mesmos autores.

(ii) No mesmo sentido, de natural responsabilização dos autores dos artigos, a utilização de quaisquer elementos de ilustração dos mesmos artigos, como , por exemplo, fotografias, desenhos, gráficos, etc., é, igualmente, da exclusiva responsabilidade dos respetivos autores – que deverão referir as respetivas fontes e obter as necessárias autorizações. 

(iii) Para se tentar assegurar o referido e adequado nível técnico e científico da Infohabitar e tendo em conta a ocorrência de uma quantidade muito significativa de comentários "automatizados" e/ou que nada têm a ver com a tipologia global dos conteúdos temáticos tratados na Infohabitar e pelo GHabitar, a respetiva edição da revista condiciona a edição dos comentários à respetiva moderação, pelos editores; uma moderação que se circunscreve, apenas e exclusivamente, à verificação de que o comentário é pertinente no sentido do teor editorial da revista; naturalmente , podendo ser de teor positivo ou negativo em termos de eventuais críticas, e sendo editado tal e qual foi recebido na edição.


Um primeiro desenvolvimento dos quatro temas propostos para o 5.º CIHEL – Fazer Habitação – em Lisboa de 2 a 4 de outubro de 2024 – Infohabitar # 893

Infohabitar, Ano XX, n.º 893

Edição: quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

 

Infohabitar a revista do GHabitar

 

Editor:

António Baptista Coelho, Arquitecto (ESBAL), doutor em Arquitectura (FAUP), Investigador Principal com Habilitação em Arquitectura e Urbanismo (LNEC)

abc.infohabitar@gmail.com

Edição:

Olivais Norte,  Encarnação, Lisboa;  e Casa das Vinte, Casais de Baixo, Azambuja.

A Infohabitar é uma Revista da GHabitar Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional Infohabitar – Associação atualmente com sede na Federação Nacional de Cooperativas de Habitação Económica (FENACHE) e anteriormente com sede no Núcleo de Arquitectura e Urbanismo do LNEC.

Apoio à Edição: José Baptista Coelho - Lisboa.